sábado, 8 de outubro de 2011

Programa Diário Ecologia de 08/10/2011 Parte III - TV Diário (Afiliada da TV Globo - Mogi das Cruzes)


Água, óleo de cozinha e soda cáustica. Uma mistura que termina em sabão. Parece estranho, mas os elementos, apesar de diferentes, se completam. Resta agora saber o impacto dessa mistura no meio ambiente.

A coordenadora do curso de engenharia ambiental da Universidade de Brás Cubas, Vanda dos Santos, explicou que juntos, a soda e o óleo, perdem as propriedades que tinham antes da mistura. Claro que já misturada, a soda ainda tem alcalinidade, mas muito mais suave. Por isso não causa danos maiores nas mãos, como na hora de lavar a louça, por exemplo.

No laboratório de química da Universidade de Mogi das Cruzes, o professor Fabiano Palgrossi destacou que o produto é altamente corrosivo, serve para neutralizar ácidos e é muito usado na indústria. A soda reage com a gordura, dissolve rapidamente e elimina todos os resíduos. Por isso muita gente usa o produto para desentupir ralos, principalmente na cozinha. Mas cuidado, por causa do poder de corrosão, soda e alumínio não combinam.

Mas não é só no alumínio que a soda cáustica reage. Na pele, de forma silenciosa, ela pode causar sérios danos. Se isso acontecer, a pessoa deve retirar toda a roupa e ficar debaixo de água corrente por pelo menos 20 minutos. E se por um descuido a soda cáustica respingar nos olhos, o professor recomenda lavar com um jato forte de água, já que pode provocar cegueira.

Segundo o professor, a mistura do sabão caseiro não é desastrosa e a soda já está fraca para causar a mesma reação de antes. O problema são as medidas de cada produto. Sem as medidas exatas na hora do preparo, o uso contínuo do sabão caseiro ao longo do tempo pode causar coceiras, feridas, enfraquecimento das unhas e ressecamento da pele. Por isso não é indicado usar este sabão para lavar roupas, principalmente íntimas. Apenas panelas e pano de chão, sempre usando luvas.

Programa Diário Ecologia de 08/10/2011 Parte II - TV Diário (Afiliada da TV Globo - Mogi das Cruzes)

Sabão caseiro pode ser feito de óleo de cozinha - ParteII

O óleo produzido diariamente nas casas e que não vai para o beneficiamento pode virar sabão. Quem usa garante o sabão feito em casa é excelente para lavar louça, pano de chão e fazer limpezas em geral. Tem até quem use para lavar roupas.
A dona de casa Maria Aparecida Inácio aprendeu a técnica de fazer sabão caseiro depois de usar o produto e gostar do resultado.
Por falta de espaço, ela faz o sabão na garagem de casa. É mais seguro e é melhor não arriscar mesmo. A soda cáustica é altamente corrosiva e pode causar queimaduras e até a cegueira. Por isso, é preciso usar luvas. O plástico é o único material que a soda não corrói.
Há cinco anos Maria Aparecida faz esse tipo de sabão. No começo, era apenas uma vez a cada dois meses, atualmente, sempre que ela ou outra pessoa precisa, começa a trabalhar. E até já ensinou os vizinhos.

Programa Diário Ecologia de 08/10/2011 Parte I - TV Diário (Afiliada da TV Globo - Mogi das Cruzes)

Óleo deve ser descartado de maneira correta - ParteI

Depois de usado, o óleo de cozinha deve ser descartado corretamente. isso porque um litro de óleo é o suficiente para poluir cerca de 25 litros de água.

O descarte pode ser feito em vários postos de coleta em locais estratégicos, como escolas, condomínios e até ONG. Mas, dependendo da quantidade, até mesmo em casa, ele pode ser vendido. É só procurar as empresas especializadas no beneficiamento.

Um restaurante especializado em peixes produz 4 toneladas de traíra frita todos os meses. E para uma demanda tão grande, é preciso muito óleo, são 150 litros por semana.

O proprietário Ernani Guimarães explicou que não é bom usar o mesmo óleo para fritar outras coisas. Por isso, a cada troca, o óleo é descartado e enviado para empresas que fazem o reaproveitamento.

Antes ele deve passar por uma espécie de limpeza. Em uma empresa na cidade de São Paulo, especializada no beneficiamento do óleo de cozinha, são mais de 40 mil litros processados todos os meses. E o material chega em galões grandes, pequenos ou garrafas pet.

O processo é simples, mas demorado. Desde que o óleo chega até ficar pronto para ser enviado a empresa que vai reutilizá-lo, são cerca de três dias.